domingo, 26 de abril de 2015

Artigo

O Renascimento de Caratinga
Walber Gonçalves de Souza


                Você pode não acreditar, principalmente se o leitor for de uma geração mais recente, mas em tempos idos, a nossa Caratinga figurou entre as cidades mais importantes do Estado de Minas. Parece difícil crer, mas é verdade.
                Na terra das palmeiras, encontravam-se indústrias de pregos, cerveja, calçados, macarrão, álcool (coopercana)... um aeroporto em pleno funcionamento, grandes salas de cinema, empresas que não funcionam mais nos dias atuais, mas que na época, eram de renome nacional e/ou regional,  como, Arapuã (empresa comercial de eletrodoméstico), Força e Luz Coutinho e Penna (energia), cooperativas de leite (CCPL)...  outras que estão em pleno funcionamento até hoje, tais como: Lojas Pernambucanas,Viação São Geraldo, Transcolim,  1001 (empresa de ônibus)... sem esquecer das mais recentes que de alguma forma deixaram de funcionar, cito: Nutrícia (empresa de derivados de leite) e Rocinsk (empresa de bijuterias). E mais um dado para entender a importância comercial de Caratinga, na década de vinte, nossa cidade se destacava por ser a principal produtora de fumo e criação de suínos do Estado de Minas, acredite, ocupava o primeiro lugar na produção e comercialização destes produtos.
                Seguindo o seu rítmo, o tempo foi passando, aos poucos algumas empresas foram falindo, outras foram deixando de exercer as suas atividades e tantos outras foram continuar seus exercícios comerciais em outras terras. Caratinga fixou-se no plantio e colheita do café e no comércio direto e indireto desta atividade. E junto a tudo isto, para dar um novo enredo, nasce uma míope mentalidade, que pode ser resumida da seguinte forma: toda atividade, sendo ela comercial, empresarial, prestadora de serviço, que de alguma forma não tiver seu cordão umbilical grudado em alguém que seja nativo, não será bem-vinda, com a justificativa que irá sugar recursos, dinheiro da cidade. E pelo visto esta ideia foi crescendo, agigantando-se e por um longo período não víamos nada brotar em nossa terrinha. Parece ter desertificado!
                Mas em meio as mudanças climáticas, que assolam o planeta, os ventos, pelo que parece, estão tomando outras características e começam a balançar as palmeiras da nossa Caratinga, para outras direções. Nota-se um novo cenário, o "Renascimento de Caratinga".
                É possível observar que de um anos para cá, cerca de uma, duas décadas, várias empresas começam a fixar raízes em nossa cidade. Algumas em pontos alugados, outras com investimentos mais altos, criando seus próprios pontos comerciais. Para exemplificar, podemos citar: o Supermercado Coelho Diniz, a Farmácia Indiana, a "invasão" dos chineses e seus diversos tipos de produtos, a Engelmig (empresa de material de construção), os varejistas de produtos eletrodomésticos: Casas Bahia, Magazine Luiza, Ricardo Eletro, Zema... as mais recentes, Malwee, Bob´s, Lojas Americanas, Hering, Genoma, a Rede de Hotel Bristol...  e pelo que se sabe outras estão chegando.
                Mas o que há de comum em todas elas? Primeiro: as histórias que as acompanham. Quem é que não ouviu uma das seguintes afirmações: quando o Coelho Diniz abrir suas portas, coitado do Mercadinho do Serginho, vai falir e o Supermercado do Irmão nunca mais será o mesmo; coitado do Renato da Casa do Ciclista, vai fechar as portas, tamanha a concorrência, ele não vai suportar a disputa pelo mercado com as grandes nacionais; o Ita Lanches vai perder seus clientes para o Bob´s; os chineses vão detonar o Caratinga Importados; os professores da Escola Jairo Grossi, CNEC e CIC estão perdidos, todos os alunos da cidade vão para o novato Genoma; as pequenas farmácias pedirão concordada, pois não suportaram competir com a Indiana; e a mais recente que ouvi, a Casa Doce "está frita" vai perder todos os seus clientes para as Lojas Americanas. Segundo: aquela velha ideia: esse povo vai acabar com Caratinga, estão vindo para cá para levar todo o dinheiro daqui, ficaremos a bancarrotas. Terceiro: pelos comentários, que rodam pela cidade, nenhuma teve facilidade para começar suas atividades por aqui. Cada uma, de alguma forma encontrou algum entrevero para iniciar seus projetos. 
                Ao que parece as histórias não se concretizaram e pelo visto em vários casos o efeito foi positivo, pois fizeram as empresas repensarem suas práticas organizacionais, adaptando-se à nova realidade e buscando novas iniciativas.
                Assim sendo, percebe-se que o vento não pára de soprar, as palmeiras não cessam de tremular. E as poeiras que arcaicamente nelas se encontravam, tirando sua beleza, ofuscando o seu brilho, começam a se dissipar. O "Renascimento de Caratinga" é uma realidade. E para brindar este novo momento, aos amantes da noite, nada melhor do que freqüentar a "Savassi" caratinguense, que diga-se de passagem marca este novo momento da nossa querida e "renascentista" Caratinga, sem esquecer, é claro, do renomado Chuletão. Tomara que este "renascimento" comece a ser verificado, também, em outros aspectos da nossa sociedade. Vamos torcer para que alguém viva este novo tempo! Porque não, nós mesmo!

Walber Gonçalves de Souza é professor.
 (Artigo publicado nos jornais: 
Diário de Caratinga e Diário de Manhuaçu, no dia 25 de abril)


segunda-feira, 20 de abril de 2015

Artigo

A Pátria Educadora e a UNESCO
Walber Gonçalves de Souza

                Último ano do segundo milênio, líderes de 164 nações reuniram-se na famosa cidade de Dakar, no Senegal, para mais um encontro da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). E o resultado deste encontro foi a criação de seis metas, que deveriam ser cumpridas pelos países participantes até 2015. Todas elas diretamente ligadas à educação.
                As metas estabelecidas no encontro, pela Cúpula Mundial da Educação da ONU são as seguintes: Meta 1: ligada à primeira infância, propõe expandir a educação e os cuidados na primeira infância, especialmente para as crianças mais vulneráveis. Meta 2: universalizar a educação primária, particularmente para meninas, minorias étnicas e crianças marginalizadas. Meta 3: destinada aos jovens e adultos tem como objetivo garantir acesso igualitário de jovens e adultos à aprendizagem e a habilidades para a vida. Meta 4: proporcionar uma redução de 50% nos níveis de analfabetismo de adultos. Meta 5: alcançar a paridade e a igualdade de gênero. Meta 6: melhorar a qualidade de educação e garantir resultados mensuráveis de aprendizagem para todos.
                Os anos passaram e 2015 está aí, sendo vivido por todos nós. Ano em que as metas deveriam ter sido alcançadas pelos países envolvidos. Assim, no último dia 08 de abril, a Unesco divulgou o relatório analisando o cumprimento ou não das tais metas pelos participantes.
                De acordo com o documento, vamos ver como ficou a situação do Brasil, a "pátria educadora". Das seis metas propostas, nossa nação alcançou duas, que são: meta 2, que trata da educação primária e meta 5, que tem por objetivo dar tratamento igual para meninas e meninos na educação. As outras quatro não foram alcançadas, deixando assim de serem cumpridas.
                Como não poderia deixar de ser, principalmente porque os dados apresentados não são favoráveis, o Ministério da Educação, contestou as informações do relatório. O referido ministério, analisando, segundo sua ótica, e não poderia ser diferente, contradiz as argumentações feita pela Unesco.
                Mas de fato o que estes dados apresentam? Que lições podemos tirar desde cenário descrito pela Unesco? Uma resposta, bem simplória, que podemos dar é que, temos que melhor, avançar, mas avançar mesmo, se quisermos ser o mencionado slogan da atual gestora pública, que é "Brasil: Pátria Educadora".
                Sabemos que as metas propostas não são problemas somente do Brasil, mas sim de boa parte do mundo. Justamente por isso, viraram metas que deveriam ser perseguidas e atingidas. O Brasil alcançou poucas metas. Qual seria a melhor justificativa para tal feito? Falta de interesse da população? Políticas públicas ineficazes? O nosso modelo de desenvolvimento social não condiz com nossa realidade? O que aconteceu para não atingirmos boa parte ou a totalidade, que deveria ter acontecido, dos objetivos propostos pela Unesco? Objetivos que em 2000 foram aceitos e ratificados pelo Brasil.
                São perguntas, que parecem ficar no vácuo das argumentações. Mas que, infelizmente, representam um quadro social, em que a educação de fato, não é prioridade em nosso país. São 515 anos de descaso, sendo deixada de lado, ou tratada como forma de fazer politicagem, a exemplo do que acontece em vários outros setores, como saúde, cultura, economia...
                A existência das metas e o seu não cumprimento é a perpetuação de um cenário de desequilíbrio social. Onde a violência, a fome, o jeitinho, a brutalidade, a aversão à meritocracia... reinam sem ser incomodadas. Sendo um "prato cheio" para políticos e suas políticas torpes, mesquinhas, populistas...
                Quando preferimos não enxergar a realidade, acabamos aceitando como verdade uma situação que de fato não condiz com o que está acontecendo. Ao rebater o relatório da Unesco, o Ministério da Educação prefere mentir para si mesmo e como os sofistas criar argumentos que tentam mostrar aquilo que não existe. E quem mente para si mesmo, não encara a realidade, sendo a primeiro forma de fugir do problema e por conseqüência não resolvê-lo.
                O slogan Pátria Educadora só se tornará uma realidade quando a Pátria acreditar e dar o devido valor à educação. E as metas continuam...


Walber Gonçalves de Souza é professor. 

(Artigo publicado nos Jornais Diário de Caratinga, Diário de Manhuaçu e Diário de Teófilo Otoni, no dia 18 de abril
www.diariodecaratinga.com.br/?p=8329)

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Artigo no Jornal Estado de Minas


Quero partilhar a alegria de ver, na edição de hoje, 16 de abril, do Jornal Estado de Minas, a publicação de um texto escrito por este professor com o seguinte tema: "A polêmica da maioridade penal".

terça-feira, 14 de abril de 2015

Participação em reportagem

Assista no vídeo abaixo, a participação deste professor na reportagem de Willian Ribeiro, para a TV Super Canal de Caratinga, sobre o tema "Modernidade versus violência". 

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Maioridade penal
Walber Gonçalves de Souza

O debate sobre as mudanças que envolvem a maioridade penal no Brasil não é recente. Usufruindo do jargão popular, "desde que me entendo por gente", ouço falar sobre o tema. Portanto, já faz uns bons anos!
Resumidamente, podemos dizer que a discussão está em alterar dos atuais 18 anos para 16 a idade mínima com que cada indivíduo venha a responder juridicamente pelos seus atos.
A balança, um dos símbolos da considerada justiça brasileira,  está com seus pratos lotados de argumentos favoráveis e contrários à mudança na maioridade penal. E ai fica aquela dúvida no ar, qual dos lados está repleto de argumentos mais substanciais? Vindo a sim por um ponto final na discussão em questão.
As pessoas que se manifestam pela manutenção da idade atual, 18 anos, defendem que antes desta idade o sujeito ainda é imaturo, não sabe o que quer da vida, está se firmando enquanto cidadão, não é responsável o suficiente pelos seus atos... para muitos é considerado ainda uma criança.
Já as pessoas que manifestam o contrário, portanto, querem a mudança na lei constitucional, que trata sobre a maioridade penal, o fazem com os seguintes argumentos: a lei deve ser mudada pois ela é antiga e não está adequada para o cenário contemporâneo, assim sendo, um jovem do terceiro milênio não pode ser tratado da mesma forma de um jovem dos anos 50; uma pessoa de 16 anos já sabe exatamente o que está fazendo; se uma pessoa de 16 anos pode votar, decidir o futuro de um país, ele também deve responder pelos seus atos.
Assim sendo, os argumentos aparecem de todos os lados. Alguns com consistência e outros aparentam ser apenas clichês ou aquela opinião politicamente correta.
Mas mergulhado neste momento histórico em que estamos vivendo tenho a seguinte impressão. Mas uma vez não queremos resolver o problema que envolve toda esta celeuma. Discutem a burocracia, como se ela fosse a responsável direta pela solução dos nossos males. E não justamente o contrário. No Brasil, através dos nossos representantes políticos, parece ter impregnada a mentalidade burocrática, em que mudando ou criando leis, os problemas se resolvem.
Se os problemas que envolvem a questão da maioridade no Brasil fosse encarada de frente, com o objetivo de tentar, realmente, resolver o problema, acredito que estaríamos olhando em outra direção e não apenas na questão da idade.
Só para ilustrar meu pensamento, resgato algumas leis conhecidas nacionalmente, que colaboraram de alguma forma para movimentar a discussão, mas que eficazmente resolveu muito pouco ou quase nada os problemas por elas tratadas, cito entre elas, a Lei Ficha Limpa, que já a tornaram encardida, ou bastante suja, o Estatuto da Criança e do Adolescente, que não respeitado pelo próprio Estado, pois entre outras coisas não conseguiu até hoje universalizar o ensino, portanto, não cumprindo o estatuto, por ele mesmo criado, o Código do Consumidor... este estão nem se fala!
Enfim, 18 ou 16, pouco importa se a lei realmente não for colocado em prática com lisura e clareza, sem estes eternos subterfúgios provenientes das intermináveis e inescrupulosas interpretações das leis.
Enfim, 18 ou 16, pouco importa se a impunidade ainda for a rainha do nosso país. A falta de crédito nas instituições de segurança pública, incluo aqui judiciário, chegou ao ponto de virar motivo de chacotas e piadinhas entre os meliantes. Pois ninguém acredita mais na real aplicabilidade da lei, gerando assim, o sentimento de impunidade.
Enfim, 18 ou 16, pouco importa se os direitos básicos do cidadão continua sendo desrespeitado. A constituição que deveria ser a primeira a ser cumprida... está longe de se tornar uma realidade. Ilustro como a aquela máxima: somos todos iguais perante as leis. Somos mesmos?
Enfim, 18 ou 16, pouco importa se o dinheiro público continuar sendo mal usado. Como se fosse algo para satisfazer os interesses particulares daqueles que comandam as três esferas do nosso país.
Enfim, 18 ou 16, pouco importa se as pessoas continuarem sem perspectivas, caindo nos contos falsos da facilidades do crime, nos ambientes que adormecem o ser.
Pouco importa, muito pouco importa, ficar discutindo burocracia e não tornar eficaz as decisões que são tomadas. Aposto, que se o nosso país fosse, mesmo que minimamente, um país em que as instituições se tornassem respeitadas, o que estaria menos em pauta seria a idade, pois neste lugar estaríamos buscando, de fato, soluções possíveis e coerentes para que cada pessoa independente da idade, 16 ou 18 anos, se tornasse um cidadão consciente que é gente, e que deveria agir como tal.

Walber Gonçalves de Souza é professor do Centro Universitário de Caratinga. 
(Artigo publicado no Diário de Caratinga no dia 11 de abril) 


sábado, 11 de abril de 2015

Educação para brasileiro ver
Prof. Walber Gonçalves de Souza

                Algumas verdades sobre a educação merecem todo o crédito e acredito que negá-las seria um absurdo. Incluo neste pacote de verdades, entre outras, as seguintes: educação é um direito de todos; devemos educar para a vida; a relação escola e família deve ser harmoniosa; os países desenvolvidos iniciaram seus processos de desenvolvimento pela educação; a educação é a base do desenvolvimento pessoal e social...
                Existem vários fatores que comprovam as afirmativas acima. Como exemplo, cito a constituição, que é a lei máxima da nação e assegura o direito à educação para todos. Nesta direção, este princípio deveria ser o guia central para o desenvolvimento das potencialidades dos indivíduos que compartilham da nação.
                Como professor, tenho que acreditar na educação. Senão não faz sentido o meu ofício. O contrário reforça a ideia do caos, da perpetuação das conjunturas adversas, da decadência humana e da crença que mudar se torna uma prática impossível. Mas a realidade é cruel, e acaba criando o sentimento de fracasso, que em muitos casos torna infecundo o papel do professor. Reforçando ainda mais o sentimento de inutilidade social.
                Neste sentido, acreditar na importância da educação se torna o cerne das transformações que desejamos. Haja visto o exemplo de inúmeros países que trilharam o caminho do saber, para ilustrar menciono o Japão, a Inglaterra, França... e a candidata a potência mundial, a China, que tem revisto seus programas de educação pública, na expectativa de manter o seu quadro de desenvolvimento.
                No Brasil, as páginas que contam a história educação, infelizmente, na maioria dos casos não são preenchidas de glórias, de acontecimentos positivos, pelo contrário, quase que chegamos sempre naquela mesma conclusão: nossos governantes não olham o educação da forma que deveria; povo sem escolaridade é massa de manobra, não questiona... e assim por diante. Até mesmo quando os indicies oficiais indicam uma direção, a realidade, que é o termômetro real, diz outra. Mas isto não é uma novidade pra ninguém!
                Mas como todo livro, podemos escrever novos capítulos, novas edições, a história pode tomar outros rumos. E é justamente isto que o professor deve acreditar... nas novas páginas a serem escritas.
                Quantos problemas poderíamos evitar, até os custos dos órgãos públicos poderiam se redirecionados, se a educação fosse realmente prioridade e de suma importância. Imaginemos, algumas situações:
                Quando a educação, de fato acontece, realmente ela transforma a vida das pessoas. Não só financeiramente, mas em outras dimensões da sua vida. Um povo educado, portanto com conhecimento, procura ter uma alimentação melhor, noções de higiene... e onde isto reflete, na saúde, num povo mais saudável, e pensamento friamente em menos gastos para o sistema de saúde. Um povo educado, portanto com conhecimento, cuida do corpo, através de atividades físicas e/ou demais atividades que reduzem o sedentarismo. Um povo educado, portanto com conhecimento, cuida, como diria Platão, da alma... buscando ler, refletir, pensar... e onde isto reflete, na saúde mental, tornando a pessoa mais polida, equilibrada. Um povo educado, portanto com conhecimento, cuida dos valores e tradições que engrandecem os seres e os tornam mais humanos... e onde isto reflete, no olhar o outro com dignidade. Um povo educado, portanto com conhecimento, cuida dos patrimônios culturais, zelam pelos espaços públicos... e onde isto reflete, na convivência com menos violência e com mais respeito. Um povo educado, portanto com conhecimento, cuidas das ruas, das praças, deposita seu lixo para a coleta nas horários pré-estabelecidos... e onde isto reflete, na harmonia do ambiente, na beleza natural das coisas, no sentimento de pertença.  Um povo educado, portanto com conhecimento, não se vê como massa de manobra, acredita em si mesmo, expurga os corruptos, crê nas possibilidades, agi, busca, trabalha... e onde isto reflete, em uma sociedade melhor e justa para todos. Um povo educado, portanto com conhecimento, não tem a síndrome da "Lady Kate": "tô pagando". Um povo educado, portanto com conhecimento, evita os métodos ilegais, os jeitinhos, as manobras, os arranjos individualistas... e onde isto reflete, em menos gastos com o sistema penitenciário. Enfim, um povo educado, portanto com conhecimento, torna-se cada vez mais gente como atitudes próprias dos seres humanos.
                Portanto, acreditar na educação é acreditar na transformação, em novos cenários, no possível... no desenvolvimento de uma sociedade justa e próspera. A exemplo do que acontece na Dinamarca, Noruega, Suécia...
                Mas por que no Brasil isto não acontece, de fato? A resposta é muito simples: o caos gera a necessidade; a necessidade gera a "cegueira"; e a "cegueira" produz o pior de todos os covardes, que de acordo Bertolt Brecht, seria o político lacaio, corrupto... aquele que não educa, para tentar garantir sempre a manutenção dos seus cordiais eleitores.
                Parafraseando o dito popular "para inglês ver", termino este texto, dizendo que nossa educação é "para brasileiro ver". Pois de fato ela não cumpre os objetivos nos quais ela se fundamenta.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Evento sobre a ditadura militar

Evento bacana com alguns alunos do 3 ano da Escola "Professor Jairo Grossi". Em parceria com o NUDOC (Cláudio Barros e José Geraldo Batista) e o Cine Clube Maria Sena assistimos dois documentários sobre a ditadura militar no Brasil. Uma reflexão bem pertinentes aos dias atuais!!


quarta-feira, 1 de abril de 2015

Sugestão de leitura


O autor discute, no livro, a teoria e prática do socialismo. Mostra que na prática o socialismo nunca funcionou em nenhum lugar e discute também a teoria como sendo algo impossível de ser por na prática. Uma discussão interessante. 
Na minha opinião, o autor foi muito repetitivo em suas ideias. Mas como toda leitura é válida, valeu a pena!!!